“QUÃO POUCO SABEMOS A RESPEITO DE DEUS”
José Carlos Jacintho de Campos - 30/4/2016
Pois então, prezado leitor, no abrasante
verão brasileiro deste ano (2016) deparei-me a meditar como as estações
climáticas já não são as mesmas de outrora. Impressionante como as temperaturas
estão elevadas no presente século, trazendo grande desconforto àqueles que não
têm possibilidade de refrigeração nos ambientes em que vivem. Mas, ainda assim,
prefiro o clima tropical.
Essa contemplação fez-me lembrar de que não
é somente o clima que tem se alterado substancialmente nos dias em que vivemos,
mas tudo mais que gira em nosso entorno qualquer que seja a área de atividade
ou relacionamento humano. Assim como o ambiente climático, o comportamento
humano já não é o mesmo e isso não significa que esteja havendo uma evolução,
ao contrário, o mundo piora cada vez mais em quase todos os sentidos, mesmo com
todo avanço científico e tecnológico em nossos dias.
Com toda essa mudança, para pior, é claro
que isso afetaria a espiritualidade dos seres humanos e a cada dia que passa
mais perplexo fico ao contemplar a forma degenerativa com que se referem ao Senhor
Deus, Criador de todas as coisas, principalmente através dos meios de
comunicação. Apesar das religiões se
multiplicarem, dados estatísticos dão conta que 500 milhões de pessoas se
declaram ateias, mas isso é totalmente ilusório, pois esse número é sobremodo
maior. Na verdade, os que dizem seguir a um preceito religioso não significa
que acreditam em Deus, mas numa divindade qualquer criada pelas doentias mentes
humanas. Para muitos desses o Deus Todo-Poderoso nunca existiu ou então morreu.
Quando uso a expressão “doentia” não estou a
exagerar, pois em recentes pesquisas nos USA efetuadas por um geneticista
americano (Dean Hamer, em O Gene de Deus),
ele assevera que os ateus são dotados de uma insuficiência genética. Segundo ele, todos
nascem com esse código genético (VMAT2) que predispõe à espiritualidade. Todavia,
nem todos exercem essa capacidade e é aí que está o mistério que a ciência não
consegue explicar ao longo dos séculos. Esse é o divisor que faria com que
algumas pessoas fossem mais espiritualizadas e outras menos. Se assim fosse, a
constituição genética de uma pessoa teria papel definitivo na determinação do
grau de espiritualidade.
Pessoalmente não acredito que isoladamente a
ciência conseguirá explicar a religiosidade de cada pessoa, mas ela poderá ser
um indicador importante. Por definição, a fé autêntica, verdadeira, é somente
aquela que vem de Deus. Talvez seja esse o entendimento interior de Hamer ao
afirmar: “Nós não entendemos a Deus. Nós O sentimos”. Claro que ele foi
execrado pela imensa maioria dos cientistas por serem ateus, assim como fizeram
com Albert Einstein ao afirmar que sem um Ente Criador o Universo não existiria
no formato que conhecemos.
Talvez, prezado leitor, temos nessa
experiência genética uma possível explicação para a revelação do homem mais
sábio deste mundo, Salomão: “Tudo fez Deus formoso no seu devido
tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa
descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Eclesiastes 3:11). Seria através desse gene que Deus inseriu no homem
a existência da eternidade?
Isso nos remete a William MacDonald que
nos diz: “Embora vivam em um universo preso ao tempo, as pessoas têm intuições
a respeito da eternidade. Quando pensamos na eternidade, instintivamente
entendemos como algo que dura “para sempre” e, conquanto não possamos entender
completamente esse conceito, percebemos que, além desta vida, existe a
possibilidade de viver sem se preocupar com a passagem do tempo”.
MacDonald continua: “Não existe a menor
possibilidade de o ser humano resolver o enigma da Criação, da providência ou
do fim do universo, exceto se aceitar aquilo que consta na revelação de Deus.
Apesar dos extraordinários progressos do ser humano em aumentar o conhecimento,
nossa visão de mundo ainda se parece com a visão através de um vidro opaco. Com
frequência somos obrigados a suspirar e confessar: “Quão pouco sabemos a
respeito de Deus”.
Uma coisa é absolutamente certa, caro
leitor, no seu mais profundo íntimo todo ser humano não se conforma que a vida
se restrinja à que vivemos, pois seria muito curta e uma enorme estupidez achar
que tudo acaba com a morte. Daí a grande angústia que toda humanidade padece
que é a incerteza das coisas que virão com a passagem desta para a outra vida. Só
há uma única forma das pessoas deixarem de manquejar entre o falso e o
verdadeiro: O Deus Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas, está pronto a
redimir a todos que assim desejarem através da obra efetuada pelo Seu Filho, o
Senhor Jesus, que aqui veio para “buscar e salvar o
que se havia perdido” (Lucas 19:10). Porém Ele respeita a decisão, ainda que equivocada, de cada um
de nós.
Lamentavelmente, são bilhões de pessoas
que não O buscam com esse propósito apesar de toda religiosidade que possuem,
que lhes tem gerado uma falsa segurança, pois todos se tornaram baldados
conforme asseverado por Paulo: “Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não
há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se
fizeram inúteis" (Romanos 3:10-11). é uma imensa tolice achar que fora do
Senhor Jesus haja Salvação! é como correr atrás do vento, jamais o alcançará.
Entretanto, tenho observado que
muitíssimos daqueles que dizem depositar sua fé no Senhor Jesus, vivem como se a
vida se restringisse as coisas deste mundo, como que aqui iriam permanecer para
sempre, e por isso pensam nas coisas aqui debaixo, numa busca, por vezes
alucinante, de bens materiais, saúde perfeita, sucesso pessoal e outros que
tais, esquecendo-se de que a nossa redenção será concluída no “futuro”: “Cristo... aparecerá segunda vez... aos que
o aguardam para a salvação” (Hebreus 9:28). Por conta disso devemos
diariamente revigorar essa convicção, pois “a
nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos”
(Romanos 13:11). A cada dia ela se renova e por isso devemos estar prontos para
esse magnífico dia! Sem dúvida um precioso exercício de fé.
Há quase dois milênios, o consagrado
apóstolo Paulo alertava acerca dos males e as corrupções que adviriam nos últimos
dias. Sobreviriam tempos muitos difíceis, pelo egoísmo, avareza e arrogância
dos homens que não teriam domínio sobre si, mais amigos dos prazeres do que
amigos de Deus. Face a isso ele recomendava ao seu dedicado discípulo, Timóteo,
para que fugisse desses tais que “aprendem sempre”, mas jamais chegam ao
conhecimento da verdade, por resistirem a ela. São homens de todo corrompidos
na mente e quanto à fé (2 Timóteo 3:1-8). Creio que não há a
menor dúvida que vivemos nesses dias.
Todavia, assegurava Paulo, que eles não iriam
avante, e para isso era sobremodo importante que o seu discípulo seguisse de
perto o seu ensino, permanecesse naquilo que aprendera, sabendo de quem
aprendeu (2 Timóteo 3:9-11). Será que em nossos dias aqueles que dizem fazer
parte do povo de Deus permanecem firmes nas doutrinas estabelecidas na Palavra
de Deus? Basta-nos ouvir um pouco do “evangelho” atualmente pregado e
concluiremos que isso, tristemente, não é verdadeiro. Prega-se hoje um outro
evangelho, muito distante daquele que foi revelado por homens inspirados por
Deus.
Em nossos dias raramente se ouve alguém
mencionar que é iminente a volta do Senhor Jesus para buscar os Seus. Os
cristãos contemporâneos sabem muito pouco a esse respeito. Como saber se não
lhes é ensinado? Sequer desconfiam que há um galardão específico que o Senhor
Jesus dará a todos que amam a Sua vinda: "Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor,
reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos
amam a sua vinda" (2
Timóteo 4:8).
Caro leitor, comecei este artigo mencionando as
grandes mudanças que vemos ao nosso redor. Todavia, há algo absolutamente
imutável que é a volta do Senhor Jesus para buscar os que n’Ele creem. Permita,
portanto, a pergunta: Você ama a volta de Cristo? Você tem dito isso a Ele em
suas orações diárias? Se você lhe perguntasse algo a esse respeito Ele lhe diria
que a resposta já foi dada: “Eis que
venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um
segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora”.
Então, repita comigo estimado leitor: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:12
e 20). Permita Deus que assim seja! |